Hoje estão secos meus olhos
de tanto que chorei no primeiro dia
do ano. Aquela sensação de estar preso
no trânsito no final da tarde de feixes horizontais
no rosto de um sol laranja e preguiçoso.
Eu olhava a tela apagada do celular e fiquei assim
por horas até adormecer. Hoje, para mim,
a felicidade é ter um frigobar retrô na sala
ouvir música sem prestar atenção na letra
e ficar nu à frente de qualquer mulher sem pudor.
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